quinta-feira, 31 de julho de 2008

Sobre uma Musica que amo.. Overture 1812

A Abertura 1812 é uma obra orquestral de Pyotr Ilyich Tchaikovsky comemorando o fracasso da invasão francesa à Rússia em 1812 e a subsequentemente devastação da Grande Armada de Napoleão. A obra é mais conhecida pela sua sequência de tiros de canhão que é, em alguns concertos ao ar livre, executada com canhões reais. Embora a obra não tenha nenhuma conexão com os Estados Unidos da América, muitas vezes é executada juntamente com músicas patrióticas naquele país.

Entre as obras mais famosas de Pyotr Ilyich Tchaikovsky, figura a Abertura Solene para o ano de 1812. Entre outras peças do autor, como a Marcha Eslava, é uma obra de carater fortemente nacionalista, composta no ano de 1880, para a comemoração da vitória russa sobre as tropas Napoleônicas.

A Abertura 1812 foi primeiramente executada na Catedral de Cristo, o Salvador, em Moscou, no ano de 1882. No início da obra um cantochão remete-nos à declaração de guerra, anunciada naquela mesma Igreja, a serviço do Império. Logo, é seguida para um canto de vitória solene, para um sucesso dos russos na guerra. O retrato dessa declaração é bem destacado na obra do também russo, Leão Tolstoi, em Guerra e Paz.

A composição se baseia num antagonismo entre a inicial vitória francesa e a posterior revanche russa. A França é musicalmente representada pelo tema de La Marseillaise, hino da Revolução Francesa. A posterior vitória russa no mês seguinte, é representada por um diminueto do hino czarista Deus Salve o Czar e é seguido pelo sonoro e clássico troar de canhões. Assim, encerra-se a contraposição entre as duas vitórias - de início, a francesa, representada pela La Marseillaise, e no final, pelo triunfo russo, retratado pelo hino czarista.

Porém, após a Revolução do sovietes e a conseqüente extinção do hino czarista, a obra sofreu modificações, sendo o tema original substituido, por exemplo, por Glória de Glinka, uma ópera de Ivan Susanin.

Em sua forma completa, a peça é executada por coro, orquestra sinfônica e banda militar com o auxílio de peças de artilharia e carrilhão. Em execuções em salas fechadas, costuma-se substituir os canhões por tímpanos (tambores), a fim de se obter um efeito semelhante ao do disparo das peças.

A Abertura 1812 é fonte de inspiração para releituras, como no caso de Igor Buketoff, que na segunda metáde da década de 60 (1965-70), fez diversas modificações, tanto no coro inicial, quanto outras alterações instrumentais. Ela é tributada na canção “2112 da Rússia”.

Fonte: Wikipédia.

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